Foste o arquiteto e o obreiro. Edificaste a ponte que faltava. Com ela unimos as margens do Oceano e estendemos a Pátria Comum a todos.
Passamos a conhecer-nos e encontrar-nos. A fortitude dos abraços, o brilho solar dos olhos, o riso sonoro das bocas e o calor das palavras acabaram com o anonimato, com a mudez e as sombras da nossa existência. Creio até que causamos inveja aos deuses do Olimpo, tão luminosas eram as celebrações da vida em cada reencontro.
Tu eras o maestro e ensinaste-nos o canto da fraternidade. Fizeste de nós um coral polifónico que continuará a cantar. A ponte e o coral têm o teu nome. Ele está escrito com letras de oiro no nosso coração, na nossa memória e gratidão. É uma bandeira que nos incita a seguir em frente. Um legado imorredoiro que continuará a congregar-nos. Até sempre, Alfredo!